A tecnologia de identificação por radiofrequência, mais conhecida por sua sigla em inglês RFID, já é uma tendência consolidada. Afinal, otimizar o reconhecimento e a rastreabilidade dos itens é a melhor estratégia para melhorar a performance nos negócios. Mas as etiquetas RFID também precisam seguir critérios de geração do Código Eletrônico do Produto (EPC), determinados pelas normativas GS1.
O que são as normativas GS1
A tecnologia RFID identifica automaticamente os produtos de forma remota através das ondas de rádio. Os dados são coletados/recuperados e armazenados no sistema instantaneamente. Desse modo é possível ter uma visão em tempo real de todo o caminho percorrido por cada item.
Entretanto, para isso é preciso que seja gerado um padrão de identificação único, que funciona como uma identidade exclusiva para cada produto.
Esse código único de identificação, por sua vez, é garantido pelo GTIN (Número Global de Item Comercial), cuja numeração é controlada e padronizada exclusivamente pelo sistema GS1, um conjunto de padrões utilizados em mais de 150 países.
Dessa forma, o EPC é um padrão GS1 que gera uma serialização lida eletronicamente em um PDV, por exemplo.
Fundada há quase quatro décadas, a GS1 é uma entidade sem fins lucrativos. O principal padrão criado pela instituição para trocar informações de forma segura e universal em uma cadeia de suprimentos foi o código de barras.
GS1 possibilita que sistemas sejam complementares
As normativas GS1 também se aplicam às etiquetas RFID, apesar de ser considerado uma evolução do barcode devido à otimização dos processos e a capacidade de armazenamento muito maior, sua forma de leitura é semelhante à do código de barras.
Dessa forma, o EPC, que é o código padronizado pelo GS1, fica inserido no chip que se encontra dentro da etiqueta RFID.
Inclusive, os dois sistemas – código de barras e etiquetas RFID – podem ser utilizados de forma combinada, caso seja a melhor estratégia para a empresa. É o que acontece com a Decathlon, por exemplo, que usa os dois sistemas de forma complementar.
Todos os produtos que são da empresa utilizam etiqueta RFID, mas no caixa a leitura é feita pelo código de barras que também estão nas mercadorias. Assim, a mesma informação é coletada de ambas as formas. Isso é possível porque o padrão GS1 é o mesmo, garantindo a interoperabilidade entre os dois sistemas.
Uma das vantagens é a flexibilidade oferecida pelas etiquetas RFID. Enquanto o código de barras precisa de uma leitura próxima, a distância de leitura das tags pode chegar a vários metros.
As variantes são o tipo de material em que estão aplicadas, a potência das antenas, leitor e outras configurações do sistema RFID, que pode ser totalmente personalizado de acordo com as necessidades de cada modelo de negócio.
Benefícios das etiquetas RFID
A normativa GS1 possibilita uma combinação estratégica de tecnologias, mas os benefícios das etiquetas RFID vão muito mais além.
Um deles é a redução de custos com a mão de obra das leituras manuais. Um inventário ou controle de estoque, por exemplo, pode ser feito por apenas uma pessoa, em um tempo muito menor do que manualmente.
Além disso, a precisão também é maior, com rastreabilidade garantida. Há economia de tempo e de retrabalho, sem falar na redução de roubos, desvios e perdas.
A quantidade de dados armazenados em cada etiqueta RFID é muito maior do que no código de barras. Assim, é possível guardar muito mais informações sobre cada item.
O controle pode ser feito em tempo real, já que os dados são enviados instantaneamente pelos dispositivos para o sistema central.
Da mesma forma, não há necessidade de reetiquetamento e releitura dos produtos, otimizando o trabalho das equipes.
Mais segurança e confiabilidade nos processos
O sistema RFID permite que os processos sejam automatizados, otimizando rotinas e gerando maior credibilidade nos resultados.
Dessa forma, as etiquetas RFID utilizam o GS1 para fornecer um reconhecimento muito mais detalhado dos produtos do que o código de barras.
Há mais controle sobre as movimentações e muito mais efetividade e confiabilidade no monitoramento dos itens ao longo de toda a cadeia produtiva.
Com isso, praticamente não há limites para as aplicações da tecnologia RFID com as normativas GS1 nas mais diversas áreas.
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