Inclusão digital: como treinar colaboradores mais velhos?

7 dez, 2022 | Informação, Tecnologia | 0 Comentários

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Novas tecnologias não param de surgir a todo momento. E, com isso, há uma necessidade constante de reinvenção das próprias empresas para acompanhar as tendências do mercado e manter uma competitividade contínua através de ferramentas inovadoras. No entanto, nem sempre é fácil acompanhar o ritmo acelerado, principalmente para as gerações mais velhas. Por isso, é preciso criar programas e processos de inclusão digital para ampliar as habilidades de colaboradores mais antigos.

A geração conhecida como nativa digital representa 35% da força de trabalho. E já é a responsável por alavancar as tomadas de decisão baseadas em dados e a inserção crescente de inovações tecnológicas nas empresas. Com isso, é normal um lapso em relação aos funcionários mais antigos que lutam para acompanhar a digitalização dos processos

De acordo com Fórum Econômico Mundial, 85 milhões de empregos poderão ser extintos até 2025 no mercado global. Mas, em compensação, 97 milhões de novas oportunidades podem ser criadas propulsionadas pela tecnologia. Com a inclusão digital essa mudança nos modelos de trabalho pode beneficiar também os funcionários que hoje têm menos habilidades tecnológicas.

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Como fazer a inclusão digital de funcionários antigos

Como fazer inclusão digital com os colaboradores antigos

Assim, cabe aos líderes promover uma mudança cultural direcionada à inclusão digital que estimule a vontade de aprender e a atualização de metodologias. Ao melhorar o aprendizado corporativo do funcionário aumenta também o seu engajamento. 

O colaborador se sente mais valorizado como profissional e ser humano, passa a ter menos medo do futuro, se torna mais confiante e participativo e, consequentemente, mais produtivo.

 

A inovação deve ser parte da cultura da empresa

Um princípio básico da inclusão digital é que a inovação faz parte do DNA da empresa. Ela deve ser trabalhada na cultura organizacional, sendo direcionada à  aprendizagem digital. 

Afinal, os benefícios dos investimentos em inovação só podem ser sentidos quando todos os funcionários estão aptos a lidar com elas. Por isso as mudanças precisam ser graduais, ainda que ágeis, dando tempo de oferecer o treinamento necessário às equipes. 

Assim, a gestão de pessoas deve estimular a capacitação e treinamento contínuos, em todos os setores da corporação. Caso contrário, mesmo um colaborador bem qualificado hoje pode se tornar obsoleto amanhã devido à velocidade das mudanças. 

 

Promova incentivos à inclusão digital

Por outro lado, é preciso agir na mentalidade dos funcionários, para que estejam abertos às novas tecnologias, quebrando possíveis resistências dos colaboradores mais antigos.

Incentive a criação de um raciocínio inovador com ações de estímulo à capacitação. Promova treinamentos sempre que possível, implante um plano de gratificações para os colaboradores que realizarem cursos e crie ações de endomarketing sobre inclusão digital

 

Apresente as oportunidades geradas pelas inovações

Apresente as oportunidades

Cada inovação implantada na empresa gera oportunidades. E é isso que os funcionários devem ver, não apenas uma ferramenta que ele não entende – e que tem medo que tome seu lugar.

Uma etiqueta RFID vai reduzir o tempo de contagem do estoque e a quantidade de pessoas que ficam presas na tarefa. E esses funcionários poderão ser alocados em outras funções estratégicas ou promovidos a novos cargos, por exemplo. 

Por outro lado, há mais segurança no controle, evitando perdas, roubos e desperdícios, por exemplo. Ou seja, menos problemas na rotina de trabalho. Então é importante que o colaborador veja a tecnologia como aliada e não como ameaça, para motivar seu treinamento.

 

Mostre o aumento da competitividade

Da mesma forma, a equipe precisa compreender que as inovações são necessárias para dar vantagem competitiva à empresa no mercado e que sem elas todas as colocações podem ficar em risco. Mostre o quanto a inclusão digital de cada funcionário é importante para o ecossistema corporativo como um todo. 

É muito importante que os colaboradores não encarem a inclusão digital como uma imposição, mas entendam que todos ganham com a otimização dos processos

 

Metodologia deve estar centrada no aluno

A cultura da inclusão digital deve estar centrada no aluno. Assim, os colaboradores mais velhos devem se sentir confortáveis para determinar o ritmo mais confortável para seu aprendizado, ainda que sob a orientação de um gestor.

E mesmo os que já estão acostumados à tecnologia podem aproveitar para desenvolver ainda mais seu conjunto de habilidades e seu mindset com conteúdos adicionais.

 

Investir na micro-aprendizagem

A micro-aprendizagem tem sido uma boa estratégia para a inclusão digital de funcionários mais velhos. De acordo com a Microsoft, a atenção individual dura em média oito segundos. 

Segundo pesquisa da empresa, o ideal é que os mini módulos durem de 5 a 12 minutos para reter a atenção e promover o engajamento eficiente no processo. Mais do que isso, a atenção tende a se dissipar.

Com base nessa metodologia a startup da EdTech desenvolveu um método de gamificação com uma mistura considerada “saudável” de perguntas e jogos em vídeos curtos totalmente envolventes. A abordagem, considerada inovadora,  tem sido usada com sucesso por grandes empresas, como IBM, Nestlé e L’Oreal, para a inclusão digital de funcionários de vários níveis hierárquicos. 

 

Incentive a prática fornecendo tecnologia

A inclusão digital pressupõe familiaridade com os recursos tecnológicos. Por isso, a empresa deve fornecer tecnologia para os colaboradores, mas não apenas para a produção de suas tarefas de trabalho.

A ideia da cultura inovadora é justamente incluir a automação dos procedimentos em todas as atividades, até mesmo nas de lazer e entretenimento virtual dos colaboradores.

Dessa forma os funcionários não são apenas meros operadores de tecnologia, mas usuários ativos, letrados e realmente integrantes desse novo mundo digital.

 

Organize visitas a empresas parceiras

Organize visitas a empresa

Não é difícil encontrar uma empresa que já utilize a tecnologia RFID em um ou mais setores, por exemplo. A ideia é organizar visitas de intercâmbio entre parceiros – afinal o benchmarking é uma das ferramentas de aprimoramento de processos mais usadas e eficientes da atualidade.

Ao conhecer de perto o funcionamento, as vantagens e até mesmo a opinião dos funcionários sobre as tecnologias, essas visitas tendem a motivar a inclusão digital ao mesmo tempo em que é uma forma de treinamento eficiente e praticamente sem custo para a empresa.

Promover a inclusão digital de funcionários mais velhos é muito importante para evitar a rotatividade do quadro, reter talentos e ter funcionários mais confiantes, felizes e engajados para o sucesso da sua empresa.

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