Quem está antenado com as novas tecnologias e busca melhores inovações para seu negócio com certeza já ouviu falar na tecnologia RFID.
A solução tem tantas aplicabilidades que pode ser utilizada em praticamente qualquer área: do controle de estoque à identificação de animais e plantas, das cabines automatizadas de pedágios à entrada de eventos, do histórico de pacientes em hospitais aos cartões inteligentes e rastreamento de bagagem.
Em todos esses processos, e em muitos outros, o leitor é o cérebro do sistema.
Por que o RFID é a evolução do barcode?
Em teoria a tecnologia, em si, é parecida com a do código de barras. As informações de um determinado ativo são gravadas em uma etiqueta ou tag RFID e transmitidas para o leitor através das ondas de rádio (radiofrequência). Entretanto, há diferenciais que colocam o RFID anos-luz à frente do barcode.
Um deles é a quantidade muito maior de dados que podem ser armazenados em cada etiqueta. Outro é que a tag RFID não precisa sequer estar no campo de “visão” do leitor, muito menos ser lida diretamente.
Basta que esteja no alcance do dispositivo – e é aí que entra a frequência do aparelho. Para se ter uma ideia, essa distância pode chegar de poucos centímetros a até 20 metros.
Apesar de ser considerada uma evolução do código de barras, a RFID, como tecnologia, não é nova. Surgiu na Segunda Guerra Mundial para identificar aviões amigos ou inimigos.
Mas desde então não parou de ser aprimorada, inclusive em seus custos. Hoje se expandiu de tal forma e se tornou tão acessível que pode-se dizer que sua funcionalidade é limitada apenas pela imaginação.
Leitor é o cérebro do sistema RFID
O leitor é o aparelho que recebe e transmite as ondas de rádio com as informações das etiquetas RFID. Por isso, é considerado o cérebro do sistema. Os dispositivos podem ser fixos (montados em mesas, portais, paredes, etc), integrados (com entrada para antena externa extra) ou móveis, dispositivos portáteis com computador de bordo ou com conexão Bluetooth para comunicação com um device inteligente externo.
Os leitores fixos integrados podem se comunicar de uma a até oito antenas adicionais – ou até 32 antenas RFID se houver conexão com um multiplexador. Agora, a configuração que vai definir esse alcance depende da necessidade da área de cobertura conforme o objetivo da tag RFID.
Quando a área é muito grande, como o caso de cronometragem e chegada em uma corrida, são necessárias várias antenas. Quando é pequena, como para aplicativos de desktop, por exemplo, geralmente uma única antena é suficiente.
Então, o leitor de RFID é uma fonte que emite uma onda de rádio capturada pela antena da tag ou etiqueta RFID e que, por sua vez, devolve o sinal ao leitor identificando a leitura da tag.
E várias tags podem ser lidas simultaneamente porque a radiofrequência se propaga em todas as direções, tornando a tecnologia ainda mais eficiente e funcional.
Como escolher a frequência certa?
A questão é que esse alcance vai depender da frequência emitida, ou seja, do número de ciclos repetidos em um único intervalo de tempo da onda – e é medido em hertz (Hz).
É ela que vai determinar o alcance entre o leitor e a etiqueta, ou seja, a distância máxima que o leitor deve ficar da antena da tag RFID. Então a escolha deve ser guiada pela funcionalidade que se espera da etiqueta.
Há quatro faixas de frequência, que vão de menos de meio metro a mais de 10 metros.
A baixa frequência (ou low frequency – LF) tem o alcance inferior a 50 cm e, por causa disso, é mais utilizada para atividades como controle de acesso de pessoal e identificação de animais e plantas, por exemplo. Funciona na banda de 125 Khz.
A alta frequência (ou high frequency – HF) tem alcance de até um metro, então é mais utilizada em funcionalidades como bilhetes de transporte, pulseiras de identificação e etiquetas antifurto. Funciona na banda de 13,56 Mhz.
Já a frequência muito alta (ultra high frequency – UHF) tem alcance de até 12 metros, sendo muito usada para o controle de mercadorias, como estoque empresarial. Funciona na banda entre 860 Mhz a 960 Mhz.
E há ainda a frequência de micro-ondas, que por terem alcance superior a 10 metros dificilmente tem aplicação comercial, sendo mais usada em projetos médicos, industriais e científicos. Funciona na banda de 2,45Ghz ou 5,8Ghz.
Etiquetas passivas e a relação com a frequência
As tags passivas não requerem bateria própria, o que faz com que tenham custo muito baixo. Toda a energia do funcionamento é extraída da radiofrequência emitida pelo leitor e transmitida da antena do próprio aparelho para a antena da etiqueta. Têm grande aplicabilidade, do controle de acesso à vigilância eletrônica e automação industrial.
Assim, além da aplicabilidade, a escolha da melhor frequência RFID também deve considerar a existência ou não de barreiras, como os metais condutivos. Como pode acontecer uma colisão de frequências em um mesmo ambiente, é preciso fazer testes em relação ao espaço, o objetivo e melhor tag RFID para chegar à melhor configuração do sistema como um todo.
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