A tecnologia de radiofrequência que está sendo utilizada para a identificação de produtos em indústrias e no comércio em geral, só funciona por causa do chip RFID. Entenda como isso é possível!
O que é um chip RFID?
Bom, antes de explicarmos o que é um chip RFID, vamos desmembrar esse termo em dois: chip e RFID.
Um chip, também chamado de circuito integrado, é um pequeno dispositivo microeletrônico (que pode ter o tamanho de um grão de arroz) composto por milhões de componentes. Juntos, eles armazenam, movem e processam dados.
Já o sistema RFID é a tecnologia de identificação por radiofrequência (ondas de rádio), que permite fazer a identificação e contagem, em tempo real, de centenas de produtos simultaneamente.
Um chip RFID, portanto, é o dispositivo que armazena, move e processa os dados para tornar possível essa identificação por meio do sinal de radiofrequência.
Mas como é possível que um chip medindo 1 milímetro faça tamanha proeza? Explicaremos a seguir.
Como funciona o chip RFID?
Para entender o funcionamento do chip RFID, saiba que ele é composto por diferentes partes, tais como:
- Pads: fazem a interconexão entre o chip e o ambiente externo.
- Bloco analógico: recebem o sinal de alimentação externa e geram a pulsação elétrica responsável pelo funcionamento do chip.
- Bloco digital: processam as informações dos comandos externos, retornando as respostas adequadas ao sistema.
- Memória: onde as informações são armazenadas no chip.
- Banco de capacitores: onde ocorre o armazenamento de energia para o funcionamento do chip.
Vale lembrar que o chip RFID é feito de um material semicondutor de corrente elétrica – o silício.
Então, existem basicamente três etapas do funcionamento de um chip com essa tecnologia:
- Os pads fazem a conexão do chip com o mundo externo e através dele os sinais de alimentação e comandos são transferidos entre o mundo externo e o circuito integrado.
- Os blocos analógicos recebem o sinal de alimentação externa, adequando-os para os níveis de tensão e corrente apropriados. Além disso, esses blocos são responsáveis pela geração da base de tempo do circuito integrado, que é a pulsação para o funcionamento do chip.
- Esses sinais são transferidos para os blocos digitais que processam as informações dos comandos externos, recuperando os dados da memória e, por fim, retornando as respostas adequadas ao sistema.
Ok. Agora que você já conhece as partes internas do chip RFID, vamos às partes externas.
Esse microchip é colocado dentro de uma etiqueta RFID, que pode ser feita de diferentes materiais (adesivo, epóxi, plástico, silicone, etc.).
A etiqueta RFID é composta basicamente pelo chip RFID, por uma antena de 4 polegadas que capta o sinal de radiofrequência e pelo material externo que reveste a etiqueta.
Na prática, o sistema funciona da seguinte maneira:
- A etiqueta RFID entra no campo de radiofrequência;
- O leitor RFID capta o sinal;
- Os dados do microchip são lidos e enviados ao computador conectado ao sistema de gestão.
Simples, não é mesmo? Assista no vídeo abaixo uma pequena apresentação sobre o funcionamento das etiquetas RFID:
Vale reforçar, portanto, que o chip RFID não é o mesmo que a etiqueta RFID, mas um dos componentes que fazem parte dela, certo?
Você pode ter diferentes etiquetas de diferentes materiais, mas internamente, o sistema funciona com o mesmo tipo de chip e antena.
Mas como os dados são gravados no chip RFID?
Até aqui, entendemos que para que uma etiqueta RFID funcione, é necessário que haja um chip interno com os dados do produto e uma antena que capta o sinal de radiofrequência.
Mas como é possível inserir os dados no chip?
Eles são gravados com um dispositivo chamado encoder, que costuma ser integrado às impressoras das etiquetas e ao leitor RFID.
Um tipo de encoder usado na gravação dos dados é o EPC (Eletronic Product Code), que é um número único utilizado para identificar o produto por meio da etiqueta. Ele fica registrado justamente no chip RFID e na hora da leitura, esse código é transmitido ao computador e transformado nas informações gravadas.
Quanto ao computador, será necessário utilizar um Middleware EPC – software que funciona como a central de informações do sistema.
Para saber mais detalhes sobre esse assunto, leia o nosso artigo sobre Como inserir os dados na etiqueta RFID .
Quais as vantagens do chip RFID nas empresas?
A tecnologia RFID vem substituindo o código de barras na logística de empresas e indústrias por vários motivos.
A seguir, destacamos os principais benefícios:
- Centenas de etiquetas RFID podem ser lidas ao mesmo tempo;
- Redução de tempo na contagem do estoque e do inventário;
- Cada produto recebe uma identificação exclusiva;
- Eliminação ou redução de retrabalho;
- Maior integração da logística do estoque e da loja;
- Redução no tempo de fila no caixa;
- Aumento da produtividade;
- As etiquetas RFID são mais duráveis em comparação às etiquetas do código de barras;
- Fácil rastreamento da mercadoria;
- Não há necessidade de abrir as embalagens para a leitura dos dados RFID, caso a etiqueta esteja dentro delas;
- Fácil integração do estoque da loja física e virtual;
- A etiqueta pode ser colocada em diferentes superfícies;
- Facilidade na contagem e identificação de produtos que chegam e que saem da empresa.
Depois de tantas vantagens, você deve estar se perguntando: qual é o custo para instalar RFID? A resposta não é única; afinal, ela dependerá de diferentes fatores, incluindo a estrutura da sua empresa e quais departamentos utilizarão o sistema RFID.
Mas eis um fato incontestável: essa tecnologia tem um custo-benefício incomparável, pois os benefícios são sentidos logo nas primeiras horas de implantação do sistema na empresa
Dá uma olhada no vídeo a seguir com um case de sucesso da implantação da tecnologia RFID na logística da rede de lojas Havan:
Portanto, para saber como implantar RFID na empresa, a seguir separamos um material gratuito com os 10 passos iniciais para o seu projeto RFID. Baixe-o agora mesmo!
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